sexta-feira, 27 de abril de 2012

Nervos



Nervos

Tropeço parado.
Em nervos sem tempo marcado
Para acalmarem.

Roio as unhas.
E a carne, quando as não tenho para roer.
Os nervos têm destas manhas.
Enquanto espero para te ver.

O tic-tac do relogio,
Faz pin-pong com o bater do coração.
E ambos param no sombrio.
Que é pensar que tu ainda vens com um não.

Bato com os pés na calçada.
Como se fosse em mim proprio.
Mas nada...
Nada acalma,
Este nervoso doentio.

Porque é que estes nervos
Teimam, em ser teimosos?
E apenas me deixar parecer?
Parecer...Perdido, parvo,patetico.
Mais...Lirico, louco, lunàtico.

Penso no que te vou dizer.
Como o fazer.
Mas sei que nada assim vai ser.

Aposto no que iras trazer.
No que iras querer.
Mas sei que vou perder.

Porém, a minha esperança ganha aos nervos sem se aperceber.
Enquanto for ao amor beber.

sábado, 21 de abril de 2012

Vou andando



Vou andando

Não vou correr atras.

Vou andando! 

Não vou correr à frente.
Vou andando! 
Não vou correr apenas...
Vou apenas andando!
Enquanto houver motivo para andar,
E eu tiver pernas.
O tempo sera a estrada a passar.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Como tu.... So



Como tu.... So

Tarde de primavera..
Como tu... so!
Hoje. Aqui e agora.
Quem me dera,
Não estar eu também... so!

Algures em mim, tenho alguém.
Algures longe também.
De saudade, em saudade
Dança a verdade
Não sei viver so!

Isto porque amo!
Porque gosto!
Porque sinto!

Em ti... so!
So...estou e estarei.
Longe, de onde vim e deixei.

Sonho voltar ...
Pois também la fiquei.
E me faz bem sonhar!

Mundos sem paz



Mundos sem paz 

Existem tantos mundos,
Dentro de um so.
Que entrelaçados,
So poderiam acabar em po.

Em nenhum deles ha paz.
Nenhum é capaz.
Nenhum é assim tão audaz,
Para  tentar saber como se faz.

O deixar andar,
Preenchido por palavras bonitas.
Ganhou ao nada fazer,apenas pelas palavras ditas.

Todos se perderam no ego.
 E ficaram entre  as guerras proprias e alheias. A nadar...
Nas lagrimas de sangue, que neles escorriam, ao ver fugir o sussego.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sentir


Sentir

Sentir... é o dom descontrolado,
Que da colorido a tudo!

Nascemos com ele sem querer.
E ele usa-nos como quer.
Se lhe fala-mos,
Ele faz orelha mouca.
Se ele nos fala, treme-mos...
A cada palavra, de sua boca.

Desde sempre, os maiores sentimentos
Nos levaram as maiores loucuras.
As mais tristes e as mais puras.
Porque sentir não tem rédias.
So momentos!

Mas graças a ele...
Os nossos olhos brilham!
Do nada, temos arrepios na pele!
Os momentos são unicos e ficam!
As alegrias existem!
E nos percebemos que as marés não acabam,
Até todas as ondas rebentarem!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Liberta-te



Liberta-te

Liberta tudo o que não é para ti!
Abre mão da vaidade.
Dà espaço à novidade.
Voa na simplicidade,
Que tem o bater de um coração.

Tarde ou cedo..
Que importa?
Liberta tudo o que não é para ti!
Pois na ponta de um dedo,
Outro dedo se encosta.
Basta haver forças para os esticar.

Acredita que aquilo que é para ti...
Não desaparece.
Apenas aparece.
Como uma chama...
Que ora te aquece,
Ora se arrefece!

Liberta tudo o que não é para ti!
Abre mão da vaidade.
Dà espaço à novidade.
Voa na simplicidade,
Que tem o bater de um coração.

Liberta tudo o que não é para ti!
Guarda a felecidade...
E sorri!

domingo, 8 de abril de 2012

Do alto da minha colina



Do alto da minha colina

Do alto da minha colina,
Vejo a planice.
E lei-o a minha propria sina.

E reparo, que tudo o que hoje por ti sinto,
Prova que, o que sentira por outrem ate então...
Não era mais, do que senão
Ilusões de um magico, com o mito.

Pois aqui...o ar esta mais puro!
Eu estou seguro!
Embora louco e perdido no alto,
Que nunca dei como certo.

A calma sabe a paz.
O sol, como nunca o tive, és tu que me daz!
Sobir-te assim fez-me
Trunfado para sempre, por esse teu àz.

O futuro é o horizonte,
Que em ti começa e termina.
 Vou por a minha bandeira neste topo virado a norte.
Anunciando  que te alcancei, menina!

 Depois farei sinais de fumo.
Com a lenha que apanhei pelo caminho.
Espalhando pelas nuvens com carinho...
Que te amo!

 E assim, o destino se cumpre!
No alto da minha colina.
Para a felecidade,
 Deixar de ter idade.
E viver para sempre!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Rio de aguas profundas



Rio de aguas profundas

Não dei atenção,
E tu cresces-te.
Agora estas grande e fincas-te.
As tuas raizes encarnaram.
E agora são em mim, muito mais do que eu.

Quando por mim grito,
Com teu nome respondo.
E parece que te escuto,
Dizer-mo ao ouvido.

Nao me vejo.
Nao me ouço.
Reboliço castiço,
Este meu.

O meu “eu”, roeu.
Caiu ...
Por ti!
 Partiu...
E salta agora à tua frente.
Pedindo...“Faz-me teu”!

Ao mesmo tempo, ri-o e ri-o!
Pois não passo de um rio
De aguas profundas
Que por ti correm desgovernadas.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Ao som da escolha



Ao som da escolha

Segura.
Segura firme.
Sente e diz-me:
Ate onde queres levar esta loucura?

O abismo, ou o céu estão garantidos.
E nos perdidos...
Temos apenas de escolher,
Entre o ter, e não ter

Fala-me entre olhares.
Porque assim falam os pares.
E  no mesmo passo,
Desbravemos o cansaço...
Ao som daquilo que escolher-mos.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Surpresa entre braços



Surpresa entre braços

Surpreso...
Seguro-te em meus braços.
E a alguém rezo...
Pois o que parece facil,
É fragil!
E rapidamente se torna em estilhaços.

(Nao confio em mim, nem para estar comigo.
Colado nas costas,
Devia ter um sinal de perigo!)

Mas  o que partilha-mos entre braços,
É bom e simples demais.
Para quê ter sinais?
Se o que se quer...é mais e mais.

O ar esta puro.
Mas ninguém respira seguro.
Enquanto houver braços,
Os momentos serão abraços .
Que não nos deixaram cair!