terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sorri



Sorri

Não atraques num cais,
De onde não sais.
Quando o segredo da felecidade, esta na palavra viver.

Pàra onde os limites são sorrisos!
Onde o ter,
Rima com ser.
E o ser ,se segue de feliz.

So assim o aprendiz,
Grita ao mundo cresci!

Não esperes que o mundo gire por ti.
E no fim te sorria.

Pisca-lhe o olho e sorri... pois é dia!
Abre os olhos para o ver...e ver...
Que o segredo da felecidade esta na palavra viver!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Momento



Momento

Da-me a mão e sorri.
Fecha os olhos e respira.
Pega um grito e atira
Bem alto o teu coração.

Perde a razão,
Que o amor não tem.
E diz-te, como eu me digo:
“Perdido por ti!”

O amor em monologo,
Desaba em dor.
Por isso grita comigo:
“Amo-te!”

Agora, abre os braços.
Perde os passos.
Beija-me, enquanto nos cai uma lagrima.
Que sorri por cair de amor!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Em Paz



Em Paz

Preferia dançar vestido de dor,
Na hora de me despedir.
Mas pelos vistos não era amor
Aquilo que nos estava a unir.

A facilidade nao é assim, estranha...
Nem arranha...
É boa!
É doce!
E nao é a toa.

Fosse o que fosse....
Não fazia sentido....
Para o sentido que hoje faz.
Tudo esta compreendido.
Agora sobra-nos paz.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Pàssaros Despidos


Pàssaros Despidos

Quem não sabe aparece.
Lambe o que esquece,
Ou não aprendeu.
Da o que tem, e o que não é seu.

Entre linhas do inesperado,
Da-se o trocado.
Esta dado!
Pouco importa a importancia das coisas.

Apertam-se vontades.
Dão-se asas.
Voam perdidos.
Pàssaros despidos,
Que se dizem senhores.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Rua escura



Rua escura

Rua escura...
Te sinto fria.
Sem cara.
Em ti quem me guia?...
A luz de teu fim?
Ou aquela atras de mim?

Cheiras a mistério,
Como eu cheiro  a confusão.
Sigo assim um rio...
Perdido em ti e em mim.

(Na tua escuridão estou perdido.
Mas so perdido me encontro.
Por isso meus passos te cedo.)

Medo não  sinto.
O teu silêncio da-lhe colo.
Meu coração não o tenho perto.
Pois tu não tens onde pô-lo.

(Em ti, meu coração so teria lugar,
Numa da tuas pontas a brilhar.)

 Aqui tudo o que voa...
Voa baixinho.
Apalpando caminho.
Apalpando-te à toa.

Tu és passagem em bico...
Onde passo e não fico.
Desabafo.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Minha guitarra


Minha guitarra

Quantos segredos guardas tu minha guitarra.
Desta minha mão que te agarra.
Te toca.
Que a cada toque em ti, é minha boca.

Não te sei tocar.
Mas tu sabes minha musica.
Sem calma,
Encontramos pedaços da minha alma.
Numa nota
Por ti solta
No meu ar.

Deixa-me so continuar.
Enquanto continuar faz sentido.
Enquanto o mundo gira perdido...
Eu encontro-me contigo.


domingo, 18 de setembro de 2011

Saudade


Saudade

 Foco a minha visão no nada.
Vendo lá longe, e tão perto...
O vazio com claridade.
Sentindo este sentimento de falta,
Que se chama saudade.

Ai!...saudade.
Sinto um espaço por ocupar.
Uma parteleira despida.
Sinto ar...
Num buraco á medida.
Sinto saudade!

Sou um sem nada.
Que dança sozinho,
Ao som do vazio de uma balada.
Danço como vivo...
A todos vós vos digo:
Sou um sem nada!
Que vivendo...
Vivo sentindo saudade!

Pássaro saindo do ninho


Pássaro saindo do ninho

Pareço um pequeno pássaro
Saido do ninho.
Que bate as asas tempo raro,
E cai com o seu remoinho.

É tão facil sair,
Como cair.
E bater no ar,
Com penas por desenhar.
Agora ganha esta partida,
Apenas quem conseguir voar!

Tudo não para
Apenas porque quero ir.
A vida bate-me na cara,
Gritando-me para partir.

A pressa, tem pressa...
E apressa!
Uma mão me empurra.
Outra segura a cabeça.
Digo-lhe que tenho os pés na terra...
A vida diz-me que o sonho se faça.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Portuguesa


Portuguesa

Minha lingua materna.
Eterna…
Como qualquer mãe.
És dificilmente compreendida.
Mas a beleza também o é.

És portuguesa.
És portugal.
Esta terra erguida entre ti,
E teu plural.

Sabes bem ao ouvido.
Macia como és.
Nada em ti esta perdido.
Linda da cabeça aos pés.

És rima
Bem afinada.
O mundo prima,
Pela sorte de te ter cantada.

Faço-te a venia...e estendo-te a passadeira vermelha.
A  ti Mãe que de tão velha,
Tens filhos que ja não te podem falar.
Mas que não se fartaram de louvar.
E se fizeram grandes
Ao saber contigo brincar.


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ao som do piano


Ao som do piano

Ao som do piano,
Não se vão os males.
Que engano.
Apenas vem o deprimento que tento,
A todo o tempo.

Não me deixo voar.
Vejo-me cair.
Compasso a compasso...
Perco passo.
Fico entre o ir e ficar.
Vendo tudo partir.

Se paro o piano... paro a mão.
Toco o chão .
Estou perdido.
Sem sentido.
Sem motivo.
Assim porque digo que vivo?

Mas é certo que so assim me vejo.
E a vida beijo,
Mesmo não sabendo beijar

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Num mesmo olhar


Num mesmo olhar

Não me procures onde estou.
Porque não sou eu.
Olha-me e vê onde vou...
Sem mexer uma perna.
Se me encontra-res...
Serei verdade em cena.

(Não te procuro, ao ver-te...
Mas, ao ler-te.
Se entre milhares,
Encontrar a tua palavra...
Estare-mos cara a cara.)

Olha onde deves!
Pois o maior encontro,
É  feito sem amparo,
Num mesmo olhar.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Lágrimas



Lágrimas

Minha alma chora saudade.
Mesmo antes do corpo partir.
Do lugar, onde a amizade,
Não deixava, fazer mais do que rir.

O tempo tinha qualidade.
Sentia-me completo.
Mas a vida fala a verdade,
Melhor que ninguém. É certo!

Bato o pé.
Seguro a alma.
Tento a calma.
Mas o meu tempo não faz mais, que desaparecer.

Haja quem saiba ler,
As lágrimas que deito.
Por amigos do peito,
Que tenho de ceder...

Flor Única




Flor Única

Rejubila!
Tal é seu sorriso.
Contagia!
Sem explicação, faz magia.

Menina nada mais preciso,
Do que ver flor tal,
Assim florescer.

O ar,
Já tem teu perfume.
Minha cabeça teu nome.
Meus olhos teu florescer.

O mundo caminha agora,
Para a hora,
Em que não te posso perder.

domingo, 4 de setembro de 2011

Porquê?


Porquê?

Entras-te sem eu saber por quem.
Estas sem eu saber porquê.
Mas sabes tão bem,
Que o resto pouca importância tem.

Agora que não te vejo,
Procuro-te.
É demais o desejo.
Tudo és tu, ou uma tua parte.

Porque é que chegas-te e partis-te?
Porque é que tocas-te e fugiste?

Porque é que sou assim o alvo,
De uma seta,
Que me espeta e não espeta?
Gostaras tu de me ver sangrar?

Isto é divertido...
So para  quem não sabe
Onde a diversão cabe.

Brincadeiras que magoam...
Porque não custa deixar-se levar,
Por encantos que ofuscam,
Até mesmo o mais conhecido  brincar.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Deserto


Deserto

Nada longe.
Nada perto.
Deserto.
A dor ruge.

O cerco aperta,
No meio do nada.

De coisa alguma,
Pude-se eu fazer uma.
E turna-la moleta.

Pois neste caminho,
Rei sozinho...
Reina parado.
Moinhos de razões,
Vindos a tiros de canhões.

E escorre lagrimas que se perdem.
Pois nada as guia.
Nem os ventos as querem.




Guardei-te


Guardei-te


Peguei numa imagem tua
Para guardar com carinho
Naquele cantinho
De coisas que perdi.

Junto-te a tudo o que vi
E me deu algo a ganhar.
E esta agora numa rua
De onde nao pode voltar.

Dou passos para longe de ti
Para perto de mim
Mas nunca o longe é tao perto
Quando nao se para o pensamento.


domingo, 21 de agosto de 2011

Ela


Ela

Sabe que é
Mas e-lo naturalmente
A sua simplicidade irradia beleza
Sem esforço ou precedente
A sua inocencia morre e volta a nascer
A cada piscar de olhos.
O seu sorriso faz rolar cabeças a arder
Em torno de um sonho  real.

O medo de ter
Bate-se com o medo de nao mais ver.
Todos os tremores a mais sao loucos
Mas sao poucos.

Os momentos sao breves
As palavras sao poucas
Talvez um dia pares
E eu pare tambem
E sem mais nada nem ninguem
Queiras esticar a corda ao tempo
Para  levar as nossas almas muito mais longe que o nosso corpo.





sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Tenho uma paixão


Tenho uma paixão

Acariciei-a.
E ela a mim, me acariciou.
Dei-lhe a mão e beijei-a,
E ela suspirou!

Peguei numa palavra para lhe dizer,
E ela estranhou.
Disse-lhe: Entra!
E ela contente entrou.

Por meu coraçao fomos andar.
Ela dele tanto gostou,
Que quis la ficar!

Agora tenho uma paixão,
Bem dentro de meu coração.
Ela gosta de la estar!
Eu gosto de la a sentir!
Enquanto assim se andar...
Nada nos fara partir!

Espelhos de agua


Espelhos de agua

Sao mudos
Que calam mundos
Porque choram verdade!

Tao transparentes
Quanto as gotas que brotam destes.
Sao certeza de verdade, mostrada discretamente
Em duas meninas que dançam sentimentos!

Sublimes anjos
Que flecham mentiras
Com humidos beijos!

Meus espelhos de agua
Com verdade nua
E beleza sem modos.
Quem os souber ler,
Quando me quiser ver...
Que me venha olhar pr'os olhos!

Eu esperava por ti


Eu esperava por ti

Eu esperava por  ti
Se fosse de esperar
Por coisa alguma
Que algures foi mais do que meu ar.

A ilusao a que se acustuma
Quem ama
Foi aquela que parti.
E hoje enganado
Sinto-me livre.

Nao ha nada que nos pare
Na altura de a partir.
Mas tb nao ha nada que nos segure
Na altura de a descobrir.

Somos levados ao seu colo como pirralhos
E traidos como cascalhos.
Baralhando e dando
Vejo o resultado e digo:
Depois de traido nada mais e esperado.
Tudo é passado.


Se o gosto fosse independente


Se o gosto fosse independente

Se o gosto nao depende-se do toque
Tudo viria a reboque
De uma abertura saudavel.

Era a facilidade junta com a simplicidade
Sem vaidade
Assim credivel
Por ter apenas a vontade
Como elo invisivel.

Falaria-se verdade.
Iria-se ver  transparente.
Entre todos os gostos sem idade
O prazer viria ate mesmo do nada.

domingo, 7 de agosto de 2011

Fim de uma maré


Fim de uma maré

O mar esta bravo.
O vento esta forte.
Eu estou calado.
Hà um pronuncio de morte.

A mulher chora.
O barco vira.
O tempo muda.
Hà agora uma despedida.

O limite atingiu-se.
O vazo imperfeito, partiu-se.
Morreu na sua hora.

O luto cobre a cara.
Houve-se um toque triste.
O palido ai existe.

Chama-se de fim.
Mas vesse o principio.
Acabou uma maré.
Logo vira outra, sem que algo lhe bata o pé.

Estes porquês


Estes porquês

Porque a falta traz saudade
Saudade sinto.

Porque o vazio peca por vaidade...
De nariz erguido ao mundo minto
Quando chorando, a ele me rio.

Porque sou vadio e vagueio
Devagueio.
Para mim nao ha passeio...
Que o seja.
Pensar e a deixa que o esponja.

Porque manco
Nao onde devia
A deus foi franco
Quando lhe disse que nao o via.

Porque me amam
E eu nao sei amar
Tudo rosas foram
Enquanto eu nao lhes foi tocar.

Porque os porquês, se seguem de “eu”.
E eu estou cansado de mim.
Todos os porquês ficam bem num jardim,
Se ele estiver longe de mim.

Dois...um sopro


Dois...um sopro

Certas vezes leve, fresco e suave.
Outras,
Porem raras,
Duro, forte e severo.

Tal e qual o homem,
Não é certo.
A maioria das vezes faz bem.
Outras nem esta perto.
E quanto mais longe vai,
Pior dos seus estragos se sai.

O vento e o homem,
Da natureza são forças.
As duas parecidas,
São a mesma num sopro!

Destino


Destino

O repentismo do acaso
Ou chamado destino
Mudera-me o riso.

Nao fazer ideia.
Nao imaginar.
Ter sem pedir.
Dà que pensar.

Este tempero que a vida tem,
Faz-nos andar num vai e vem.
Porem no desnorte sentido,
Esta o sentido de tudo.

A chave é aceitar.
Sorrir e caminhar.


Descrição do nada


Descrição do nada

Faltam-me palavras.
Coitada de ti caneta, que não mais lavras,
Que pontos sem sentido.
Numa folha, ja com seu tracejado.

Estas coisas vindas sem significado,
São quebra-cabeças.
Um muro de pedras esguiças.
Duro de roer quanto mais é pensado.

Estou para o escrever,
Desde que se deu a ver.
Este mal sem nome.

Cobre-se com o silencio que come.
Espelha-se na inquietude que provoca.
Se for a ver bem, talvez seja pedra oca.