sábado, 17 de novembro de 2012

Como dois Beija-flores



Como dois Beija-flores

Peguei-te ao colo.
E rodei!
Marquei o solo,
Com as voltas que dei.
E corri!
Em direcção ao sol,
Sorri!
Com o coração a prol,
E o passo leve.

Ate ao breve,
Brilho entre o azul,
Apontado para sul,
Do teu olhar.
Me levar a falhar
Com tudo.
E beijar-te
Em meus braços!
Num contra-relogio,
De corações agraços
Que aprendem a amadurecer.

Pousei-te no mais macio
Relvado.
Feito de carinho.
E ai tu beijaste-me!
Deste-me
Um adivinho.
Em forma de caricia inventado.
Que me disse:
“Que senti-se
Acontecer...”

Deitaste a cabeça sobre o meu peito.
E olha-mos o infinito.
Onde surgiamos sorrindo.
Entre outro beijo roubado
Ao mundo sem remedio
De quem beija apaixonado.

Embalados pelo que nos aquece.
Cobertos pelo que nos aconchega .
O sussêgo chega
De onde tudo se esquece.
E adormecemos num beijo sonhado.
Acordamos num beijo querido...
Matamos o desejo
Num beijo
Escondido na cor.
Como um beija-flor.

Sem comentários:

Enviar um comentário