terça-feira, 29 de maio de 2012

Amar em silencio



Amar em silencio


Silencio aquilo que mais grito.
Porque quem amo, não o quer ouvir.
Dou pancadas no que acredito,
Sem o conseguir impedir.
Mesmo com os olhos a dize-lo
Ela pede e eu ca-lo.
Mas não hà dia, sem noite.
Nem os dois sem ti.
Por isso calado, grito por ti!

Amar assim é doentio.
É ter a felecidade presa no silencio.
Torturar e triturar o mais belo sentimento.
Que não tem culpa de nascer no momento,
Em que so ele existe.
Mas não ha dia, sem noite. 
Nem os dois sem ti.
Por isso calado, grito por ti

Nada disto faz sentido.
Nada disto tem razão.
Sinto pena, da pena que sinto.
Por ver algo assim crescido
Bem dentro do coração.
Sinto pena, da pena que sinto.
Por saber que não havera dia, sem noite.
Nem os dois sem ti.
Enquanto eu calado, gritar por ti.

Porto de morte



Porto de morte


Ancorei,
Onde não havia porto.



Falou mais alto, 
O capitão vagabundo.



De amor bêbado.
Fez-me descer a ancora, 
Em àguas que agora chora.



Não o fez enganado.
Perdeu-se pelo encanto, 
De amar um porto que não existiu...
Para além, daquilo que ele não quis... mas viu.



Um desgosto sem medida,
Ondula na àgua ferida,
Que cai seguida,
Pela cara de um capitão...agora...
Sem vida.



Pego na bussola para o ajudar,
A procurar o norte.
Pois o tempo ha-de mudar...
Longe deste porto de morte.



Uma parte dele morre por quem nasceu.
Fica ancorada onde floresceu.
A outra mantenho-o acordado,
Para voltar a amar.



Porque àguas de sorte,
Vão fazer acabar o mar,
Em terras de ninguém.



E ancorar,
Não sera uma ordem...
Mas o destino.

domingo, 20 de maio de 2012

Nasceu onde nunca nasceria



Nasceu onde nunca nasceria

Gira,que gira,
E volta a girar.
Este mundo que eu vejo andar,
 Sempre a mudar!

Ele não tem cara.
Tem mascara.
Que cai, mal o dia nasce.
E a verdade aparece.

Não estou tonto.
Fiquei no espanto,
De se fazer dia.

E no encanto,
De quem vê o que queria...
Nascer, onde nunca nasceria.




Encontrei-te



Encontrei-te

Encontrei-te enfim.
No fim,
A surpresa fez-se acompanhar por ti.

Dei-te a minha mão e tu fizes-te a tua.
Os calos que ela tinha desapareceram.
E os sorrisos foram a rua,
Enquanto os meus olhos nos teus refletiam.

Se soube-se que teria de dar tantas voltas.
Por tantos lugares.
Por pontas soltas,
E céus sem luares.
Para te encontrar...
Teria-o feito sem parar.

Hoje perco-me no tempo, como na vida.
Sou cavalo sem ferida!
Alma plena!
Coração perdido, por uma surpresa divina.

Agradeço à vida.
Agradeço-te a ti.
De onde eu parti,
E onde eu cheguei....
Balanço feito ganhei.
Ganhei-nos aos dois!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Momento sem tento de um coração em flor



Momento sem tento de um coração em flor

Este momento sem tento,
Feito pela musica.
Traz-me à memoria um vai e vem... que não fica.
Faz barulho e passa lento.
Sempre com outra direcção.

Mantenho o assobio pronto.
Para quando a letra apertar.
Naquele refrão que canto,
Sem saber cantar.

Partes, não são partes.
São mil artes,
Numa so.
Que quando chegam,
De mim não têm do.

Sufocam!
Apertam!
E provocam!
Nostalgia dos labios que não me beijam.

Tudo  canta em mim sem cura.
Numa aspiral de loucura.
Pela voz do coração.

 Sou corpo parado.
Com espirito sonhador.
Olhar molhado.
Coração em flor.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

O presente veste mudança



O presente veste mudança

O presente veste-se de mudança.
E não se veste em vão.
O passado não andava nu. Tem graça!
Pois também não foi em vão, não.

Teve o seu tempo.
O tempo que quis ter.
Vestiu-se e despiu-se  em meu corpo.
E acabou por ser apenas, o que tinha de ser.

Agora o futuro molda-se neste presente.
E eu estou a gostar,
Do sabor da palavra mudar.

A vida responde-me assim  à espera .
E do que ela me da e tira.
Sobra-me com agrado aceitar.