sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A tua chegada




A tua chegada

A minha vida sentia o teu chegar.
E para o que restava...
Para o que ficava...
Eu sentia-a cegar.
Bem devagar.
Assim como devagar vinhas.

Asas tinhas.
E com elas fazias chegar,
Bem a tua frente.
O encanto que me envolvia.
Através do teu perfume doce,
Que o vento trazia.

Meu relogio de corda, 
Ja pouco fazia.
Tanto era o que queria,
E a corda dada,
Enquanto te via...
Acontecer, onde nada havia.
Como se nada fosse.
E desse nada...
Tornares-te o tudo na nossa vida.
A partir do momento em que finalmente chegas-te.
Os seus olhos abris-te.
E olhando neles disses-te: 
Amo-te! Amo-te! Amo-te!

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Saber amar



Saber amar

Procurei saber amar.
Amar como todos dizem fazer.
Mas perdi-me a tentar.
Andei e andei...
E agora sei!
Que não saber,
É a minha forma de amar.
Pois ninguém pode afirmar conhecer
Aquilo que nasce para o ensinar.

Andei e andei
E agora sei!
Amo sem saber amar!
Vivo a aprender.
Amo...
Simplesmente porque amo.
Simplesmente porque sinto.
E por fim... A ti e ao mundo não minto ,
Quando agora digo,
De todas as formas que consigo.
“Por amor  te chamo!
Por amor te grito!”

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Voar na poesia




Voar na poesia


Voar na poesia...
É voar entre nos.
Voar entre vos.

Voar no dia,
Em que so se pediria
Mais e mais rimas 
Em quadras loucas
Num pedaço de céu limpo por onde se andar.


É abrir os braços.
Perder os embaraços.
E dar voz as palavras.
Torna-las caras.
E mesmo assim compra-las!
Porque elas,
Serão sempre pedaços de nos.



É voar com o medo 
De não mais poder voar.
Doar o que falta doar...
À poesia que tem o segredo...
De so saber dar.



É ter e dar vida.
Muito mais que sentida.
Entre a realidade e o sonho.
A razão e o sentir.
Quando num abraço risonho,
No repousar das àguas
Com as rimas decidimos partir,
Num voo sem fim.
Sobre um mar de palavras.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Refletir verdade



Refletir verdade

Deixai quem não sois,
Onde não estais!
E assim como girassois,
Sobre vos girai... girai... girai...
E sem reparar deixai
Cair sementes de sinceridade
Na vida de um campo
Suavemente limpo.
Pois o sol espalha a verdade,
Quando de nuvens no céu, não se fala mais.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Para là da saudade


Para là da saudade

Num suspiro da vida...
Num capricho do tempo...
De mão estendida...
Um contratempo,
Tem razão suicida.

Naquele altar composto,
Por amor bordado a ouro.
Agora procuro...
Não o que falta por gosto.
Mas por ser impossivél.

Sobra saudade.
Na sobra,
Que a espera atiça.
Enquanto não haja quem abra
A porta da justiça,
E me diga: Ela voltou!
Vivo com desdém!
E estou...
Estou além..
Para là da saudade.

(Assim se disse incrivél!
O passo que ela deu, e eu não dei.
Nem esqueci.
E o meu coração guardou.
Enquanto padeci.)


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A rosa




A rosa

É primavera!
...E meus Deus quem me déra...
Que o pôr do sol não venha,
Enquanto o meu coração sonha.

Encontrei a rosa que acerta
O espinho.
Que assim me espeta,
Muito mais do que carinho.

A rosa que abriu...
E sorriu!
E colocou este brilho nos olhos
Que se dizem meus.
(Meus apaixonados pimpolhos
Perdidos pelos seus.)

A rosa que marca o tempo.
Que pinta o campo.
Onde crescemos regados,
Por rios de cor.

É primavera!
...E meus deus quem me déra...
Que agora erguidos,
O pôr do sol acabe onde nasce o amor..