sexta-feira, 29 de julho de 2011

Ausência


Ausência

Nao existe regresso que nao seja aguardado...
Nem partida que seja esquecida.
Pois fala mais alto o coraçao magoado
Quando nao tem a cura para a sua ferida.

Esta ausência
É a presença que mais custa.
Pois aquilo que nos faz falta
Tem pelo meio a distancia.

Quem a diz aceitar mente.
Ou nao sabe o que sente.
E se mais nao faz, inventa.

Por isso voltar ganha um novo sentido.
E se a possibilidade nao for contra a realidade.
Logo o ausente, grita presente!

Andorinha


Andorinha

Andorinha feliz.
Que esvoça e passa.
Meu amor se diz,
No aconchego de tua asa!

A ti te digo,
Sem saber falar.
O que não esta comigo...
Anda contigo a voar!

Andorinha que voa


Andorinha que voa

Luto para alcançar.
Porque vejo.
Porque quero ganhar.
Porque sonho nao passa de si...
Se morro, e nao o vi.

Chòro por sonhar bonito.
Chòro por caminhar.
Desmancho o choro
Num coro
De vivas
Quando vejo o fim
Onde sempre quis estàr.

Se tenho
Mereço.
Paguei seu preço.
Nao o deixei num desenho
Sem lhe dar apreço.

Por isso me elogio.
Por isso de mim rio.
Por isso sorrio.
Pois agora tudo faz sentido.

Feliz de quem sonha.
De quem tem forças para sonhar.
Feliz de quem e feliz
Porque se conseguiu realizar.
Feliz de quem nao se envergonha
E continua a sonhar.
Feliz andorinha que voa
Para que nada mais lhe doa.

Feliz andorinha que voa
Para que nada mais lhe doa.

Amor louco


Amor louco

Sem teu perfume,
O ar não tem valor.
Respiro, sò por custume.
Preencho o peito com meia cor.

Este dia nao faz sentido.
Tendo cada um o seu.
Porque foi para ti tão facil tomar partido,
E deixar um amor como o meu?

Mau custume...
Teu desprimor.
Um coração não merece teu lume.
Nao merece teu amor.

Mas sou como teu gato, e rebolo.
Gatinho para os teus pés.
Chamariam a isto turtura.
Nao fosse eu tolo.
E tu, minha loucura!

Àguas


Àguas

Num mar de palavras,
Tenho rios de sensações.
Que se enchem com as àguas,
Caidas da nuvem carregada,
Que é meu coração.

Por vezes, esta nuvem carregada,
Por trovões é acompanhada.
Provenientes da zona conhecida,
Por ser desconhecida.
E, pelo apelido ser tratada.

Para mim certo é...
Que estes trovões,
São entraves! São travões!
Para a nuvem carregada,
Precipitar suas àguas.
E, encher de rios de sensações,
Um mar de palavras!

A palavra amor


A palavra amor

Cada um, o tem a seu jeito.
E sem jeito, o diz numa so palavra.

Letra a letra...
A preceito.
Ora gritada.
Ora chorada.
Vale mais dize-la!
Que guarda-la.

Avisa-nos expressão.
Mal esteja-mos a exagerar.
O nosso amor
Risca-te, quando se quer demonstrar!