quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Rua escura



Rua escura

Rua escura...
Te sinto fria.
Sem cara.
Em ti quem me guia?...
A luz de teu fim?
Ou aquela atras de mim?

Cheiras a mistério,
Como eu cheiro  a confusão.
Sigo assim um rio...
Perdido em ti e em mim.

(Na tua escuridão estou perdido.
Mas so perdido me encontro.
Por isso meus passos te cedo.)

Medo não  sinto.
O teu silêncio da-lhe colo.
Meu coração não o tenho perto.
Pois tu não tens onde pô-lo.

(Em ti, meu coração so teria lugar,
Numa da tuas pontas a brilhar.)

 Aqui tudo o que voa...
Voa baixinho.
Apalpando caminho.
Apalpando-te à toa.

Tu és passagem em bico...
Onde passo e não fico.
Desabafo.

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