Ao som do piano
Ao som do piano,
Não se vão os males.
Que engano.
Apenas vem o deprimento que tento,
A todo o tempo.
Não me deixo voar.
Vejo-me cair.
Compasso a compasso...
Perco passo.
Fico entre o ir e ficar.
Vendo tudo partir.
Se paro o piano... paro a mão.
Toco o chão .
Estou perdido.
Sem sentido.
Sem motivo.
Assim porque digo que vivo?
Mas é certo que so assim me vejo.
E a vida beijo,
Mesmo não sabendo beijar
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