Onde
deixastes os corações?
Se o mal separa a gente
Porque guarda-lo?
Faze-lo pente
De cabeças sem cabelo?
Faze-lo espada
De gente mal amada?
Chamai-me louco.
Se mesmo por pouco,
Consigo ver um mundo,
Onde ele não é preciso.
Onde foi vendido a ele mesmo.
E o dinheiro ganho foi dado ao
acaso.
Entre aquilo que amo
E faz o sorriso
Ter sentido.
Vejo mais num abraço querido.
Do que na pancadinha nas costas.
Que tem o segredo perdido,
Naquilo que gostas
E não mostras.
Vejo mais num beijo cedido
No calor do momento.
Que acontece e não reparas.
Do que naquele roubado,
Aos labios sem sentimento.
Que à muito preparas
Para ter teus.
Estrategias fora da validade.
Cimentadas num mal sem idade.
Fazem o homem ter seus,
Os poderes de um Deus.
Na pele de um Diabo.
E a hipocrita sociadade,
Ve tudo isto levado a cabo
Indiferente.
Mas crente.
Enquanto dorme soponho...
E pede num sonho,
Que tudo isto acabe.
Mas nada sabe.
Por isso nada faz!
Homenageia o bem,
Brindando-lhe com um copo de mal
desmedido.
Enquanto tudo se desfaz.
Porque a inveja,
Erguida na incompetência,
Faz esquecer um amor que seja.
Numa raiva que incêndeia
Multidões.
...E aqueles ricos pobres que
ainda acreditam,
Apenas perguntam...
Onde deixastes os corações?
Onde esta o amor de que tantos
falaram?!
O bem que tantos quiseram?!
A canção que tantos cantaram?!
O sonho de pequenino,
Que se tornou hino,
De uma nação bendita?
Procuro-a hoje a cada alvorada.
Antes que morra a esperança.
E a ultima criança nasça,
E não sobre nada.